Dr André Lima da Cunha Cirurgia Pediátrica na Barra da Tijuca
CRM : 52.55629-1
Médico
Currículo :
– Graduação em Medicina – UFRJ – 1991
– Residência em Cirurgia Geral – UFRJ – 1993
– Residência em Cirurgia Pediátrica – Instituto Fernandes Figueira – 1997
– Residência Cirurgia Laparoscópica Pediátrica – Universidade de Miami – Jackson Memorial Hospital – 1999
– Especialização em Cirurgia Laparoscópica Neonatal – Hospital Garrahan – 2017
– Membro do Grupo Internacional de Endocirurgia Pediátrica – IPEG
– Membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Pediátrica – CIPE
Médico
Endereço : Avenida Jorge Curi, 550 – Bloco A – Sala 359 – Américas Medical City
Bairro : Barra da Tijuca – Rio de Janeiro – RJ
Telefone : (21) 3444-5739
Site: www.cepbarra.com.br
O que é a Cirurgia Pediátrica
O Cirurgião Pediátrico cuida de crianças desde antes do nascimento até a adolescência. Enquanto a especialização médica nas várias áreas cirúrgicas que trabalham com adultos focam em órgãos ou áreas específicas do corpo, a cirurgia pediátrica lida com uma faixa etária definida, tratando seus pacientes da cabeça aos pés. Isso ocorre porque crianças não são adultos em miniatura. Da mesma forma que não levamos nossos filhos à um clínico geral e damos metade da dose do remédio que ele prescreve, mas sim os levamos à um pediatra, quando uma intervenção cirúrgica é necessária em uma criança, o cirurgião pediátrico é o médico indicado.
As crianças tem necessidades biológicas e emocionais próprias. Seus órgãos não são apenas menores e muito delicados, mas a gama de alterações morfológicas e doenças que as acomete é muito diferente das que os cirurgiões de adulto costumam ver em seu dia a dia. Para poder cuidar delas, o médico que deseja se especializar em Cirurgia Pediátrica cumpre um dos maiores currículos possíveis no Brasil. Após 06 anos de faculdade de medicina, ele se torna Cirurgião Geral cursando 02 anos de residência médica nesta especialidade. Só então poderá concorrer a uma vaga num programa de Cirurgia Pediátrica, que durará mais 03 anos. Nesses 03 anos aprendemos a entender o que um bebê que não pode falar tem a nos dizer, ou o que um adolescente não consegue explicar. Aprendemos Cirurgia Neonatal, Cirurgia Torácica, Cirurgia Abdominal, Urologia, Cirurgia Plástica, Cirurgia Vascular, Cirurgia Oncológica, Cirurgia Minimamente Invasiva(Cirurgia Laparoscópica), e até Cirurgia Bariátrica(exceções, são a Neurocirurgia, Oftalmologia, Otorrinolaringologia e cirurgia intracardíaca).
Após 11 anos de muito estudo e trabalho, passamos por uma difícil prova, escrita e oral, ministrada pela Associação Brasileira de Cirurgia Pediátrica, similar a prova da OAB, para a obtenção do título de especialista em Cirurgia Pediátrica. Depois disso, são congressos nacionais, internacionais, superespecializações, mestrado, mais estudo, mais dedicação…
Nesse momento tenso, no qual compartilhamos o que temos de mais precioso, nossos filhos, se seu Cirurgião Pediátrico teve uma formação correta, tenha certeza de que eles estão em boas mãos.
Problemas mais comuns (adaptado do site da CIPE)
A Cirurgia Pediátrica é um campo muito vasto. Trabalha com crianças de todas as idades, desde bebês até adolescentes, e também com aconselhamento fetal e atendimento de adultos que ainda têm problemas decorrentes de doenças congênitas. Isso faz do trabalho do Especialista um campo extremamente variado de atuação, embora alguns problemas clínicos sejam mais frequentes.
O objetivo, aqui, é o de prestar informações gerais: a suspeita clínica ou de familiares precisa, para esclarecimento correto, de consulta com um cirurgião pediátrico. Isso é necessário para se confirmar o diagnóstico e, ao mesmo tempo, oferecer prognóstico e planejamento para o tratamento.
Hérnia Inguinal – é doença muito frequente: acontece em mais de uma em cada cem crianças, acometendo mais os meninos do que as meninas. É muito mais comum em bebês prematuros: quase um terço deles tem a doença. Geralmente, o que se nota é um “caroço” ou “inchaço” na região inguinal (virilha), principalmente quando a criança faz força (choro ou evacuação nos bebês).
Assim que constatado o problema, é necessário fazer a cirurgia. Ainda que algumas pessoas, por receio, pretendam aguardar o crescimento dos bebês para que eles sejam operados, esta é uma má ideia: 75% das complicações graves das hérnias inguinais acontecem nos bebês, principalmente nos primeiros três meses de vida. Além disso, a anestesia geral em crianças pequenas é segura, desde que feita em boas condições técnicas e por anestesista habilitado.
As hérnias inguinais não se curam espontaneamente. Ou seja, não adianta aguardar uma melhora natural, que não vai acontecer.
O estrangulamento (hérnia estrangulada) acontece quando uma víscera (em geral uma porção do intestino) fica presa no canal por onde a hérnia sai, e passa a ter seu suporte sanguíneo comprimido e insuficiente, correndo o risco de necrosar (gangrenar) dentro da hérnia. Pode-se suspeitar de episódio de estrangulamento quando a criança, em geral sabidamente portadora de hérnia, sente dor local muito intensa e vomita repetitivamente. A hérnia se mostra irredutível, o conteúdo fica endurecido e a palpação é dolorosa. Com o passar do tempo, a região fica avermelhada, inflamada.
Este quadro é mais frequente em bebês do que em crianças maiores. O tratamento nestes casos, quando a redução (colocação da víscera presa de volta na cavidade abdominal) é impossível, é a cirurgia de urgência, que tem maior risco do que uma cirurgia marcada (eletiva).
Outro problema frequente após o estrangulamento de uma hérnia é a atrofia do testículo do mesmo lado, cujos vasos sanguíneos nutridores ficam comprimidos enquanto a hérnia não é reduzida, por manobras de compressão ou cirurgia.
O tratamento da hérnia inguinal é sempre cirúrgico, e o que o cirurgião faz, através de uma pequena incisão na virilha, é descolar o saco da hérnia das estruturas vizinhas e ligá-lo (amarrá-lo) na região de sua origem no abdomen, para que não possa mais conduzir as vísceras pelo canal da hérnia. É, normalmente, uma cirurgia ambulatorial, com internação hospitalar muito curta. Hoje em dia a herniorrafia inguinal na criança também pode ser realizadapor laparoscopia.
Testículos Não Descidos / Criptorquia / Criptorquidia – algumas crianças nascem sem os testículos na bolsa testicular (saco). Abaixo, podem-se conferir as principais causas de bolsa testicular vazia:
Prematuridade – os testículos não tiveram tempo de descer, mas o problema pode se resolver espontaneamente nos primeiros meses de vida.
Criptorquia Verdadeira – os testículos, que têm origem dentro do abdômen, não completaram o processo de descida desde lá até o fundo da bolsa testicular.
Testículos ectópicos – os testículos tiveram um trajeto errado de descida e se fixaram num local inadequado (raiz da coxa, períneo, pênis, no outro lado da bolsa testicular ou na região da virilha).
Testículos retráteis – os testículos se movem entre a bolsa e a virilha, a partir da atividade do músculo cremaster, que faz parte do cordão espermático (estrutura que conduz a nutrição vascular dos testículos).
Testículos ascendentes – os testículos, que estavam normalmente localizados ao nascimento, ascendem para uma localização anormal durante o processo de crescimento da criança.
Anorquia – o testículo não existe, porque não se formou embriologicamente (raramente) ou porque houve uma torsão do testículo fetal, que então se atrofiou completamente.
O tratamento deve ser o mais precoce possível (antes de 1 ano de idade) para diminuir os prejuízos. Uma informação importante é que na criptorquia unilateral a fertilidade e a síntese de hormônios não são tão afetadas. Já nos casos de doença bilateral, a fertilidade pode ser muito prejudicada.
Até seis meses de vida, os testículos crípticos podem descer naturalmente, em especial nos prematuros. Após este período é que a cirurgia deve ser feita, porque os testículos sofrem prejuízos, com diminuição das células que futuramente se diferenciarão em espermatozoides (o que pode levar a infertilidade), têm maior risco de torsão, sofrem atrofia progressiva e têm risco maior de tumores (em torno de cinco vezes a incidência da população normal). Quando os testículos estão mais baixos a Orquipexia, ou orquidopexia, podem ser feitas por via convencional, mas quando os testículos não são palpáveis, ou abdominais, a cirurgia deve ser feita por via endosçopica, a chamada cirurgia minimamente invasiva (orquipexia laparoscópica, ou orquidopexia laparoscópica). Dependendo do caso será feita em um só tempo, ou em duas cirurgias separadas.
Hipospadia – é a má-formação congênita, na qual a uretra masculina tem desenvolvimento incompleto no feto, de forma que o meato urinário (orifício de saída da urina) fica “mais para trás” no pênis. Junto com a localização anormal do meato há desenvolvimento anormal da pele (o prepúcio é assimétrico, maior de um lado do que do outro, e parece um capuz) e pode haver curvatura do pênis para baixo, que é mais notável durante a ereção.
Crianças com hipospadia não devem ser circuncidadas, porque a pele do prepúcio pode ser usada futuramente na reconstrução do pênis. Esta operação deve ser feita, idealmente, entre os 6 e 12 meses de idade da criança e estar completa antes da idade escolar, para minimizar traumas psicológicos e sociais. A cirurgia é bastante delicada e complicações locais são comuns, mas os resultados finais são bons, de forma geral.