Dr Flavio Czernocha Pediatra na Barra da Tijuca

CRM : 52.77841-9

– Médico formado pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ)

– Residência Médica de Pediatria no Hospital Universitário Pedro Ernesto –
HUPE (UERJ)

– Residência Médica de Infectologia Pediátrica no Hospital Municipal Jesus
(HMJ)

– Professor substituto da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) –
de 2009 a 2014

Médico

Endereço : Avenida Embaixador Abelardo Bueno, 1 – Edifício Abelardo – Sala 516 – Dimension Office & Park

Bairro : Barra da Tijuca – Rio de Janeiro – RJ

Telefones : (21) 3738-7004 / (21) 98400-7389 (Whatsapp)

INFECÇÕES RESPIRATÓRIAS EM CONSULTÓRIO DE PEDIATRIA

ANTIBIÓTICOS: SIM OU NÃO?

As infecções respiratórias respondem, historicamente, ao principal motivo clínico que motiva consultas ambulatoriais em Pediatria e, por esse motivo, às mais comuns indicações de prescrição de antibióticos em consultórios dessa especialidade.

Agora, será que tais prescrições são ou seriam corretas…??

Ao ler o início do texto, você deve imaginar que lá vem uma série de efeitos colaterais, aspectos negativos, consequências ruins dessa classe de medicamentos. Mas não é por aí que iremos seguir!

Os antimicrobianos são drogas excelentes, representam um enorme avanço na saúde da humanidade – capazes de salvar inúmeras vidas e mudar o panorama no que diz respeito a muitas doenças. E é justamente pelo que estamos dizendo que a prescrição deve ser tão criteriosa!

A rigor, então, quais seriam as infecções respiratórias que precisam, como regra, de tratamento com antibióticos? Ou, perguntando de outra forma, quais seriam as infecções bacterianas de origem respiratória passíveis, portanto, de necessitar dessa modalidade de medicamentos?

Sendo bem práticos, podemos listar quatro situações que devem alertar as famílias para essa possibilidade, com referência pronta ao Pediatra:

Como identificá-las?

1 – PNEUMONIA:

– a mais temida à sinal definitivo –  taquipneia (respiração rápida)

– como suspeitar à criança “cansada”, “ofegante”, “com grande dificuldade para respirar”. Caso isso esteja sendo observado, existe a possibilidade de estarmos diante de uma pneumonia. Geralmente, se acompanham febre e tosse (praticamente indispensáveis como ferramentas associadas ao diagnóstico), além de prostração, queda do estado geral e da atividade habitual de maneira marcante.

2 – OTITE MÉDIA:

– a mais comum à sinal definitivo – dor (em crianças pequenas, pode ser manifestada por grande irritabilidade).

– como suspeitar à criança que apresenta, no contexto de um resfriado, mudança de comportamento (devido à dor). Sem dor, o diagnóstico se torna pouco provável, mas pode haver otorreia (saída de secreção pelo ouvido), o que, via de regra, alivia a dor. A febre também é sinal visto com grande frequência, mas não é indispensável para o diagnóstico.

3 – SINUSITE BACTERIANA:

– número crescente de casos à sinal definitivo: tosse que piora progressivamente

– como suspeitar à criança que apresenta um resfriado que dura mais que 10 a 14 dias (tempo previsto para a duração máxima de uma infecção viral das vias aéreas superiores); a tosse se intensifica, geralmente com secreção espessa e amarelada (vale lembrar que o aspecto da secreção não indica, necessariamente, infecção bacteriana, ou seja, necessidade de antibióticos). Pode haver febre, mas é um sinal não tão frequente nesse contexto.

 4 – AMIGDALITE BACTERIANA:

– a mais superestimada à específica de crianças mais velhas

– como suspeitar à em crianças entre 5 e 15 anos (raramente, entre 3 e 5 anos), há evolução abrupta de febre alta, com muita dor de garganta, dificuldade para engolir e “caroços” no pescoço (“ínguas”). Em regra, não há tosse, coriza ou outras manifestações respiratórias típicas – é um quadro localizado apenas na orofaringe/tonsilas (amígdalas), ou seja, na garganta.

Afora as condições descritas acima, não são necessárias, salvo raras situações, que se lance mão de medicamentos tão preciosos e importantes como os antibióticos…

Converse com seu Pediatra a respeito!