Dr Pedro Henrique Portugal Cardiologista na Barra da Tijuca

CRM : 52.71717-7

Currículo :

Especialização :

– Instituição: Hospital Central do Exército Residência Médica em Clínica médica (março 2002 a janeiro 2004).
– Instituição: Instituto Nacional de Cardiologia Residência Médica em Cardiologia (fevereiro 2004 a janeiro 2006)
– Instituição: Instituto Nacional de Cardiologia Residência Médica em Arritmias cardíacas (fevereiro 2006 a janeiro 2007)

– Instituição: Universidade Veiga de Almeida (UVA) Curso de pós-graduação em terapia intensiva (2011)

Titulação :

– Título de Especialista em cardiologia (TEC) (2007)

– Título de Proficiência em Eletrofisiologia clínica (2009)

Concursos :

– Concursado pela UFRJ, desde 2004, estando lotado no Instituto de Psiquiatria da Universidade do Brasil (IPUB);

– Concursado pelo Ministério da Saúde, desde 2008, estando lotado no setor de arritmias cardíacas do Instituto Nacional de Cardiologia (INC);

Atuação :

– Médico clínico geral do IPUB, desde 2004;

– Médico cardiologista / arritmologista do INC, desde 2008;

– Médico arritmologista da Santa Casa de Misericórdia do RJ;

– Atuando em laudos de holter de 24 horas, desde 2006, atualmente no INC e nas clínicas Pró-Med Rio, Casa de Portugal e Prontocor;

– Atuando em terapia intensiva na unidade coronariana do INC, desde 2008

  • Revisão de Marcapasso Cardíaco
  • Atendimento Cardiológico domiciliar, incluindo exames de eletrocardiograma e Holter 24hs domiciliares.

Endereço 1 :

Avenida Ayrton Senna, 3.000 – Edifício Grumari – Sala 3007
Bairro : Barra da Tijuca – Rio de Janeiro – RJ
Telefones : (21) 3181-2526 / (21) 3988-0038 / (21) 98893-7126 / (21) 7874-2993
Endereço 2 :
Avenida das Américas, 3.200 – Sala 126 – The Best
Telefones :  (21) 2495-1673 / (21) 98893-7126 / (21) 7874-2993

Também atende em Botafogo

Risco Cirúrgico

– Avaliação pré-operatória visando preparar o melhor possível o paciente para o procedimento cirúrgico, reduzindo o risco de complicações no per e pós operatório.

– Todo o procedimento tem um risco estatístico médio de complicações inerentes ao ato cirúrgico.

– O objetivo não é liberar o paciente sem risco nenhum, e sim detectar fatores clínicos que possam colocar esse risco acima da média para o procedimento em questão, e alertar e orientar o cirurgião sobre os diversos parâmetros clínicos para minimizar o risco.

O paciente :

– A prevalência de doença prévia silente ou não conhecida que possam agravar o risco de complicações é baixo em pacientes ditos previamente hígidos e assintomáticos

– Cerca de 60% dos pacientes cirúrgicos têm comorbidades clínicas, principalmente os idosos

– As doenças cardiovasculares são as mais prevalentes, seguidas de distúrbios respiratórios e metabólicos, e são as comorbidades mais associadas a complicações perioperatórias

– A avaliação da capacidade funcional (em METs) é muito importante à fator determinante do risco cirúrgico global à grande parte das cirurgias de maior porte acarretam um gasto energético de cerca de 4 METs (equivale a caminhada de 2 quadras no plano ou subida de um lance, com 2 sublances de escadas, com 2 sacolas de compras nas mãos, sem sintomas cardiovasculares ou respiratórios

Risco anestésico :

– Cabe ao anestesista determinar

– Complicações inerentes ao risco anestésico: à estresse hemodinâmico causado por agentes anestésicos, levando a isquemia miocárdica; à reações idiossincrásicas ou de mediação genética (ex: anafilaxia, hepatite por halotano, hipertermia maligna); à falha de equipamento ou erro humano (ex: erro de intubação, lesão vascular, falha na ventilação / oxigenação)

Exames complementares (orientações da ASA):

– Não são obrigatórios para a definição do risco à screening de rotina não trazer real benefício na avaliação pré-operatória

– Deve ser individualizada, de acordo com as características de cada paciente

– Na avaliação da necessidade de exames pré-operatórios, levar em conta a possibilidade do ato anestésico ser convertido em anestesia geral

– Depende do exame clínico e anamnese, medicamentos usados, idade e cirurgia proposta

– Para pacientes previamente hígidos à exames anteriores de até 6 meses (laboratório, ECG e RX tórax), com resultados inocentes, podem ser aproveitados.

Cardiologia do Esporte

“O exercício é a fronteira entre a saúde e a doença do coração…, mas cada vez mais se conhece o benefício” – Ramires, JAF – 2006

Correr, nadar, jogar bola, andar de bicicleta, esquiar, surfar, dançar…Afinal, qual o seu significado clínico e fisiológico, e de que forma agem?

Atualmente podemos demonstrar diversos avanços importantes relacionados à atividade física e coração. Do atleta ao cardiopata, vêm surgindo conhecimentos clínicos, e de avaliação e metodologia complementar, pré e pós-treino, com o objetivo de otimizar os benefícios, e poupando dos possíveis efeitos colaterais deletérios relacionados às mais diferentes modalidades esportivas, ou simplesmente formas de atividade física, e incluindo extremos de intensidades.

O objetivo do cardiologista, junto ao fisiologista, e às demais áreas ligadas a atividade física, seria o de “aparar arestas” importantes, tanto na pré-avaliação quanto no pós-treino, visando direcionar o praticante, sendo atleta ou apenas usuário, e com segurança, para a melhor forma de treino e carga a serem realizadas.

Com relação a avaliação específica, podemos salientar a suma importância da anamnesebem colhida antes do início da atividade física, dando ênfase a possíveis fatores de risco cardiovasculares, incluindo história familiar, e outras comorbidades vigentes (pulmonares, endócrinas, etc…).

Com relação a exames complementares, o ECG e a avaliação funcional (teste ergométrico) persistem como primeira linha, e serão suficientes para a maioria dos pacientes previamente hígidos ou assintomáticos, com algum fator de risco, ou em vigência de sintomas inespecíficos de possível cunho cardiovascular.

Para pacientes com eventos prévios de possível origem cardiopulmonar, alterações no exame físico clínico, história familiar complexa para algumas doenças cardíacas primárias, e no próprio acompanhamento de atletas de alta performance, podemos utilizar exames para avaliação estrutural cardíaca e ritmo cardíaco.

O ecocardiograma doppler continua sendo bem indicado em muitos desses casos, avaliando função cardíaca prévia, presença de alterações anatômicas congênitas ou adquiridas (valopatias, aumento e hipertrofia de cavidades, etc…) e durante a evolução do treinamento, em pacientes sob reabilitação cardíaca, nos hipertensos e naqueles atletas ou praticantes de alta carga de esforço, onde pode se esperar mais o desenvolvimento evolutivo de hipertrofia ventricular (excêntrica).

Na avaliação do ritmo cardíaco, o mais interessante seria monitorá-lo no paciente em sua atividade física específica, obtendo parâmetros de variação de FC (desde o pré-esforço, até a fase de pico, e durante a recuperação), registro do período onde vai atingir a FC máxima estimada, além da ocorrência de arritmias, e avaliação da modulação autonômica vagal, na fase de recuperação.

Lembrando sempre que esta metodologia de avaliação por exames é complementar, sendo aplicada após anamnese detalhada, em casos bem indicados.

O paciente é um indivíduo singular, sendo que cada um apresenta peculiaridades que se integram ou se somam, gerando um contexto.

Cardiologia em Psiquiatria

 

PRÓ-ARRITMIA

 

  1. Síndrome do QT longo:

 

Na sua forma adquirida, representa provavelmente o maior medo no meio psiquiátrico com relação a eventos adversos cardíacos, devido a possível interação de algumas classes de drogas psicotrópicas, em geral antipsicóticos, com outras classes de drogas ou condições clínicas pré-existentes, podendo acarretar taquicardia ventricular polimórfica, tipo Torsade de Pointes (“torção das pontas”). O nome se dá devido ao aspecto eletrocardiográfico da taquiarritmia, simulando movimentos em “espiral”, como se estivesse ocorrendo torção dos ápices dos complexos QRS sobre a linha de base, alterando com isso a polaridade desses complexos QRS. O mecanismo seria devido a aumento no potencial de ação elétrico cardíaco, gerando assim aumento do risco de pró-arritmias. No eletrocardiograma, o potencial de ação é sugerido através da medição do intervalo QT, sendo mais fidedigno a medição da sua correção pela frequência cardíaca (QTc). Portanto, a evolução do paciente com aumento pronunciado do QTc, ou até um significante valor de dispersão do QTc (diferença entre os extremos medidos de QTc) pode acarretar maior risco a esse paciente de ocorrência de pró-arritmia de relevância clínica, mais especificamente taquicardia ventricular polimórfica do tipo Torsade de Pointes (TdP).

 

→ Resumo e pontos importantes:

– Forma adquirida da síndrome QT longo → interação farmacológica + predisposição clínica

– Variação com a Frequência cardíaca (FC) → relação inversa entre intervalo RR e QTc com a FC

– Usar QT corrigido → QTc: QT / RR ¹/² (Fórmula de Bazett) ou QTc: QT – 1,75 x {FC – 60} (Fórmula de Hodges)

– Dispersão do QT ou QTc: → Variação entre o maior e o menor valor (menor que 100ms apresenta melhor prognóstico)

– QTc normal: → 440ms para homens e 460ms para mulheres

– QTc anormalmente alargado (risco para arritmia ventricular maligna → TdP): → 470ms para homem e 480ms para mulher

– Torsade de Pointes → TV polimórfica, com alteração dinâmica da polaridade do QRS, progressiva e cíclica, mimetizando uma torção do pico do QRS ao redor da linha de base do ECG, a cada 5 a 20 batimentos. Os surtos terminam quase sempre de forma espontânea, mas episódios múltiplos e sucessivos podem degenerar para fibrilação ventricular e acarretar morte súbita.

– QT longo adquirido x congênito →  a forma adquirida depende de alterações tipo ciclo curto longo curto, ou em vigência de bradicardia ou ainda durante pausas. Isso difere, em grande parte, da síndrome de QT longo congênita (primária), pois nesse último caso quase sempre os surtos ocorrem após algum episódio de atividade adrenérgica exacerbada (ex: exercício).