Dra Alessandra Matheus Diabetes tipo 1 Rio de Janeiro

Endocrinologia

CRM : 52.74267-8

Médica

Currículo :

– Título de especialista em Clínica Médica – Sociedade Brasileira de Clínica Médica – 2004
– Residência Médica em Clínica Médica – Hospital da Força Aérea do Galeão (HFAG) – 2004
– Residência Médica em Endocrinologia e Metabologia – Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ) – 2006
– Título de especialista em Endocrinologia e Metabologia – Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM) – 2007
– Mestrado FISCLINEX – Universidade do Estado do Rio de Janeiro – 2010
– Doutorado FISCLINEX – Universidade do Estado do Rio de Janeiro – 2016

Médica

Endereço 1 : Avenida das Américas, 4200 – bloco 9 (Edifício Paris) – sala 305 A – Centro Empresarial Barra Shopping

Bairro : Barra da Tijuca – Rio de Janeiro – RJ

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Médica

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Bairro : Tijuca – Rio de Janeiro, RJ

Telefone : (21) 2234-4090

Diabetes tipo 1 Rio de Janeiro

CRIANÇAS E ADOLESCENTES

O Diabetes Mellitus tipo 1 ocorre na infância e adolescência como resultado de deficiência absoluta de insulina oriunda da destruição auto-imune das células Beta das ilhotas de Langerhans.

  • É considerada a segunda doença crônica mais comum na infância e é a principal endocrinopatia nesta faixa etária.

Geralmente, o diabetes se apresenta na infância com a sintomatologia típica de aumento na frequência em urinar, muita sede e emagrecimento.

O aumento no apetite  é substituído nesta faixa etária por inapetência, recusa alimentar e importante irritabilidade.

A perda do controle em urinar à noite, é uma importante pista para o diagnostico, principalmente na criança que já havia sido desfraldada.

  • Nas faixas etárias menores, como lactentes e pré-escolares, esses  sintomas podem passar despercebidos, sendo um importante sinal a perda de peso e a presença de formiga nas fraldas.

O desafio no tratamento deste grupo etário está no fato de que para almejar as metas glicêmicas ideais esbarra-se no risco de hipoglicemia, e que quanto menor for a criança maior será o risco de sequelas neurológicas e dano irreversível ao Sistema Nervoso Central.

Para isto, a Sociedade Brasileira de Diabetes, assim como outras importantes Sociedades Internacionais (ISPAD) elaboraram alvos individualizados para cada faixa etária.

IDADE PRÉ-PRANDIAL PÓS-PRANDIAL HEMOGLOBINA GLICADA
Menos de 6 anos 100-180 110-200 Entre 7,5 e 8,5%
De 6 a 12 anos 90-180 100-180 <8%
De 13 a 19 anos 90-130 90-150 <7% ou <7,5%

Por tratar-se de uma doença crônica manifestada na infância, a educação e orientação no tratamento devem ser fortemente enfatizadas, principalmente com os pais, que na maioria das vezes passam o maior tempo com a criança diabética, mas também com outros cuidadores (avós e vizinhos) e também nas escolas com os professores.

Outra importante orientação é quanto à alimentação. A  criança deve saber quando se alimentar.Os horários das refeições devem ser sempre os mesmos. Quando lhe são oferecidos doces ou guloseimas, a criança deverá saber explicar que tem diabetes.

Quanto à verificação da glicemia, a criança pode ajudar no teste, mas apenas sob supervisão dos adultos. A criança deverá saber que o teste da glicemia indica a quantidade de açúcar presente no sangue e deve saber avisar imediatamente um adulto quando se sentem trêmulas ou suando  ou quando sentem sensações estranhas na cabeça, no estômago ou nas pernas. Uma criança que tenha tido uma hipoglicemia deverá saber descrever os seus sintomas. Deverá também ter conhecimento que se tiver hipoglicemia deverá beber um copo de suco ou refrigerante normal.

Portanto, o tratamento do diabetes na infância é complexo, devendo ser abordado de forma multidisciplinar, uma vez que a nutrição assume vital importância no auxílio para o melhor controle glicêmico, sem comprometer o crescimento e formação. Outros aspectos ainda tem que ser lembrados, tais como a orientação da família para os dias de doença, o calendário vacinal adequado e a monitorização do crescimento e desenvolvimento puberal.

CUIDADOS NA ESCOLA

A escola é parte importante da vida da criança e do adolescente e deve se tornar parte da equipe que atua nos cuidados com a criança. O controle da glicemia-a realização destes testes, a frequência com que serão realizados e os valores que poderão ser considerados baixos (hipoglicemia), ou altos (hiperglicemia) devem ser indicados pelo médico assistente da criança e explicados ao professor. A hipoglicemia pode se manifestar por sono, irritabilidade, fome, taquicardia e perda de consciência. Nestes casos, deve ser dada uma das seguintes opções do Kit de Hipoglicemia: água com açúcar (1 colher de sopa rasa OU 3 saquinhos de 6 g de açucar), OU 1 copo de refrigerante normal OU 2 sachês de mel OU suco de fruta de caixinha não dietético OU 1 copo de suco de laranja OU 5 balas moles.  Aguardar 15 minutos e ver o resultado. Se necessário, repetir a conduta. Se for hora da refeição, dar a refeição.Em caso da criança encontrar-se inconsciente deve ser providenciado transporte para o serviço de saúde mais próximo para receber glicose endovenosa. Enquanto isto, não deixar a criança sozinha, não oferecer líquidos nem alimentos sólidos. Passar açúcar ou mel na gengiva e bochecha . Já a hiperglicemia pode se apresentar por um maior consumo de água (polidipsia) e pelo aumento da frequência e do volume das micções (poliúria). Caso a criança apresente  sinais de desidratação (lábios secos), respiração acelerada, hálito com cheiro de fruta estragada, sonolência e vômitos, e se apresentar muito prostrada deve ser levada imediatamente a um Serviço de Emergencia. Em qualquer dos casos, tais ocorrências relacionadas ao diabetes devem ser informadas com brevidade aos pais, ou ao médico assistente. Caso não haja um monitor de glicemia que possibilite identificar se se trata de hipo ou hiperglicemia, considerar como hipoglicemia.

Quando houver festa ou passeio escolar, os pais devem ser avisados com antecedência. Deve-se procurar seguir as orientações dietéticas mesmo nestes casos.

Nenhuma forma de exercício deve ser proibida para os pacientes diabéticos que tenham sua glicemia controlada. Uma das complicações da prática de atividade física nestas crianças é a hipoglicemia que pode se manifestar durante, ou horas após o exercício. Exercícios regulares estimulam a regulação corpórea da glicemia. Antes de exercícios mais vigorosos, pode ser feita uma suplementar alimentação com hidratos de carbono, por exemplo, suco de laranja. Este complemento pode ser necessário também durante ou após a atividade física.

A socialização é muito importante para a criança, por isso, ela deve se relacionar normalmente com os colegas, inclusive na hora do lanche e nunca deve ser excluída e não se sentir diferente dos demais.