Dra Fernanda Papaterra Gagueira infantil em São Paulo

Fonoaudióloga

CRFa.2-1929

Currículo :

– Fonoaudióloga pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo.

– Pós-Graduação e Especialização em Afasia e Gagueira pela University of North Dakota, U.S.A.

– Autora dos Manuais Papaterra, livros de exercícios para treinamento da atenção, memória, raciocínio lógico, habilidades de compreensão, expressão, criatividade, etc.

– Diplomada em Logotherapy pelo Victor Frankl Institute of Logotherapy.

– Apresentou inúmeros trabalhos em Congressos no Brasil e no exterior.

– Fundadora da Associação Ser em Cena – Teatro de Afásicos, que visa a reabilitação de portadores de lesões cerebrais através da arte dramática.

– Atende portadores de Distúrbios da Comunicação em seu consultório desde 1975.

Fono

Endereço : Avenida São Gabriel, 201 – Conjunto 1206

Bairro : Itaim Bibi – São Paulo – SP

Telefone : (11) 3704-6242

GAGUEIRA INFANTIL

Até hoje, há quem aconselhe os pais de crianças pequenas que começam a gaguejar a simplesmente “ignorar o problema” que este desaparecerá com o tempo. De fato, algumas crianças superam suas dificuldades sozinhas, mas – é aí que mora o problema – algumas não. Como saber a que grupo pertence uma determinada criança? A primeira orientação a ser dada para os pais de crianças que começam a apresentar gagueira é justamente não ignorar o problema.

Clínicos concordam que o problema da gagueira é muito mais fácil de se prevenir em crianças do que se tratar em adultos. O fato de detectar precocemente e se tomarem as medidas necessárias, é uma das mais valiosas contribuições que um fonoaudiólogo pode oferecer. Algumas perguntas devem ser respondidas e este profissional é o mais indicado para fazê-lo:

– A criança está mesmo gaguejando?

– Se está, quanto o problema progrediu?

– Quando começou?

– Que fatores estavam associados ao aparecimento do problema?

– Quão ciente está a criança do fato de que sua fala está bloqueada?

– Como os ouvintes tentam ajudá-la e como ela responde às suas atitudes?

– Como podemos alterar o ambiente da criança para evitar que o problema se torne pior?
Parte do tratamento de uma criança que está começando a gaguejar é amplamente indireto: trabalha-se para mudar o ambiente através da orientação aos pais.

Diversas variáveis devem ser controladas: é útil verificar em que circunstâncias a criança tem as maiores interrupções na fala. Com quem ela mais gagueja? Em que ocasiões (por exemplo: quando está muito cansada, excitada?).

A partir do momento em que se descobre como e quando a criança está hesitando, deve-se procurar a modificação destas circunstâncias.

Cabe ao fonoaudiólogo prover sugestões gerais e específicas para mudar a interação no lar e relacionamento pais-filhos a fim de propiciar uma melhora na comunicação. Quando se pode intervir antes que a criança desenvolva medo e reações de fuga e os pais são abertos à orientação, o prognóstico de remissão da gagueira é excelente.

O que pode ser mudado no ambiente da criança:

– Nunca diga para não gaguejar.

– Não faça a criança mais ciente da gagueira do que já está; mas, por outro lado, não faça uma conspiração de silêncio em torno do problema. (Simplesmente ignorar o problema, não resolve).

– Faça a criança se sentir aceita e amada.

– Nunca discuta sua gagueira com outros na sua presença.

– Evite compará-lo com irmãos ou outras crianças.

– Reduza o número de perguntas.

Não se deve apenas tentar mudar as atitudes e comportamentos em relação a como a criança fala, mas também tentar modificar as outras atitudes da família, como por exemplo, reduzir a tensão e a ansiedade em geral.

Fernanda Papaterra Limongi

Fonoaudióloga