Networking|9 abr, 2025|

Ana Luiza Herzog, do Magalu: ‘Diversidade é um diferencial competitivo e não haverá recuo’

Trump voltou, o conservadorismo recrudesceu e uma ofensiva corporativa anti-DEI (Diversidade, Equidade e Inclusão) ganhou corpo, liderada por big techs como Google, Meta e Amazon. Mas muitas organizações vêm reagindo a essa onda de retrocesso. Exemplo emblemático de empresa brasileira pró-políticas inclusivas, o Magazine Luiza engrossa essas fileiras.  

“Para o Magalu, que nasce e se consolida em torno da força feminina e que vive e fomenta essa cultura dia após dia, a diversidade é um diferencial competitivo, além de uma questão de civilidade. Portanto, não haverá recuo”, diz a diretora de reputação e sustentabilidade, Ana Luiza Herzog. “A companhia é um microcosmo da pluralidade demográfica do Brasil, e isso é fundamental para atendermos nossos consumidores com excelência.”

Ela reforça que não se trata “apenas de um ideal justo e correto”. “Quanto mais heterogêneo for o quadro de colaboradores, maior será a identificação com nossos 37 milhões de clientes espalhados pelo Brasil. Não há como operar em um país diverso nem vender para consumidores diversos sem valorizar diferentes identidades.”  

Além de garantir representatividade, que fortalece o vínculo com os públicos, a diversidade promove uma visão mais ampla e inovadora do negócio dentro da organização — o que é fundamental em tempos de transformações na maneira de consumir e se relacionar com a tecnologia, afirma a diretora.

Em relação a DEI, o Magalu seguirá ativo com os mesmos programas, metas e orçamento em vigor. Está nos planos, inclusive, lançar uma terceira edição do programa de trainee exclusivo para profissionais negros, “que tanto agregou ao negócio nos últimos cinco anos”. 

Segundo Herzog, todo colaborador Magalu passa por um treinamento de diversidade e inclusão já no momento do onboarding, entrando em contato com temas de raça, gênero, comunidade LGBTQIAP+ e pessoas com deficiência. Em 2024, a empresa teve 40 turmas de treinamento, conectando temas de diversidade e inclusão ao dia a dia dos negócios. 

No ano passado, também foi lançado o programa Move +, dedicado a desenvolver mulheres, pessoas negras, com deficiência e 50+ para futuras posições de liderança. Dos 48 profissionais que finalizaram a iniciativa — composta por capacitações, mentorias e trilhas específicas de desenvolvimento —, mais da metade obteve mérito ou promoção.

Atualmente, pessoas negras representam 54,8% do quadro de colaboradores do Magazine Luiza. Entre os líderes, 42% são pretos ou pardos. Já as mulheres ocupam 47,6% do quadro e 45,4% dos cargos de liderança.

“A pluralidade é a base do nosso negócio, do marketing aos líderes. Ao longo de 68 anos, o Magalu construiu uma forte cultura de responsabilidade empresarial e continuará trabalhando para que haja representatividade de todos os grupos em todos os níveis hierárquicos e áreas do negócio”, diz Herzog. 

Apesar de enfrentar desafios históricos de desigualdade, o Brasil tem um cenário demográfico diferente do que se vê nos EUA, ela ressalta. Diante disso, as empresas precisam não apenas criar e manter um ambiente inclusivo, mas também se comunicar com a vida real de seus públicos, entre eles o público consumidor. 

A executiva destaca ainda outro fator importante nessa equação: o avanço brasileiro em termos de políticas públicas e legislações que endereçam temas de diversidade e inclusão. 

“Eles estão pautados na agenda pública, na imprensa, no Congresso Nacional, em linha com uma sociedade mais consciente de seus direitos. Nesse sentido, as companhias foram amadurecendo e há bem menos espaço para retrocesso aqui diante do que temos acompanhado lá fora”, compara Ana Luiza Herzog. “Mas é preciso que o compromisso corporativo com metas de DEI tenha lastro na cultura organizacional. Isso significa endereçar práticas que vão além do recrutamento de grupos diversos.” 

O UOL conecta cada pessoa ao seu universo e cada marca ao seu target

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“Para o Magalu, que nasce e se consolida em torno da força feminina e que vive e fomenta essa cultura dia após dia, a diversidade é um diferencial competitivo, além de uma questão de civilidade. Portanto, não haverá recuo”, diz a diretora de reputação e sustentabilidade, Ana Luiza Herzog. “A companhia é um microcosmo da pluralidade demográfica do Brasil, e isso é fundamental para atendermos nossos consumidores com excelência.”

Ela reforça que não se trata “apenas de um ideal justo e correto”. “Quanto mais heterogêneo for o quadro de colaboradores, maior será a identificação com nossos 37 milhões de clientes espalhados pelo Brasil. Não há como operar em um país diverso nem vender para consumidores diversos sem valorizar diferentes identidades.”  

Além de garantir representatividade, que fortalece o vínculo com os públicos, a diversidade promove uma visão mais ampla e inovadora do negócio dentro da organização — o que é fundamental em tempos de transformações na maneira de consumir e se relacionar com a tecnologia, afirma a diretora.

Em relação a DEI, o Magalu seguirá ativo com os mesmos programas, metas e orçamento em vigor. Está nos planos, inclusive, lançar uma terceira edição do programa de trainee exclusivo para profissionais negros, “que tanto agregou ao negócio nos últimos cinco anos”. 

Segundo Herzog, todo colaborador Magalu passa por um treinamento de diversidade e inclusão já no momento do onboarding, entrando em contato com temas de raça, gênero, comunidade LGBTQIAP+ e pessoas com deficiência. Em 2024, a empresa teve 40 turmas de treinamento, conectando temas de diversidade e inclusão ao dia a dia dos negócios. 

No ano passado, também foi lançado o programa Move +, dedicado a desenvolver mulheres, pessoas negras, com deficiência e 50+ para futuras posições de liderança. Dos 48 profissionais que finalizaram a iniciativa — composta por capacitações, mentorias e trilhas específicas de desenvolvimento —, mais da metade obteve mérito ou promoção.

Atualmente, pessoas negras representam 54,8% do quadro de colaboradores do Magazine Luiza. Entre os líderes, 42% são pretos ou pardos. Já as mulheres ocupam 47,6% do quadro e 45,4% dos cargos de liderança.

“A pluralidade é a base do nosso negócio, do marketing aos líderes. Ao longo de 68 anos, o Magalu construiu uma forte cultura de responsabilidade empresarial e continuará trabalhando para que haja representatividade de todos os grupos em todos os níveis hierárquicos e áreas do negócio”, diz Herzog. 

Apesar de enfrentar desafios históricos de desigualdade, o Brasil tem um cenário demográfico diferente do que se vê nos EUA, ela ressalta. Diante disso, as empresas precisam não apenas criar e manter um ambiente inclusivo, mas também se comunicar com a vida real de seus públicos, entre eles o público consumidor. 

A executiva destaca ainda outro fator importante nessa equação: o avanço brasileiro em termos de políticas públicas e legislações que endereçam temas de diversidade e inclusão. 

“Eles estão pautados na agenda pública, na imprensa, no Congresso Nacional, em linha com uma sociedade mais consciente de seus direitos. Nesse sentido, as companhias foram amadurecendo e há bem menos espaço para retrocesso aqui diante do que temos acompanhado lá fora”, compara Ana Luiza Herzog. “Mas é preciso que o compromisso corporativo com metas de DEI tenha lastro na cultura organizacional. Isso significa endereçar práticas que vão além do recrutamento de grupos diversos.” 

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Trump voltou, o conservadorismo recrudesceu e uma ofensiva corporativa anti-DEI (Diversidade, Equidade e Inclusão) ganhou corpo, liderada por big techs como Google, Meta e Amazon. Mas muitas organizações vêm reagindo a essa onda de retrocesso. Exemplo emblemático de empresa brasileira pró-políticas inclusivas, o Magazine Luiza engrossa essas fileiras.  

“Para o Magalu, que nasce e se consolida em torno da força feminina e que vive e fomenta essa cultura dia após dia, a diversidade é um diferencial competitivo, além de uma questão de civilidade. Portanto, não haverá recuo”, diz a diretora de reputação e sustentabilidade, Ana Luiza Herzog. “A companhia é um microcosmo da pluralidade demográfica do Brasil, e isso é fundamental para atendermos nossos consumidores com excelência.”

Ela reforça que não se trata “apenas de um ideal justo e correto”. “Quanto mais heterogêneo for o quadro de colaboradores, maior será a identificação com nossos 37 milhões de clientes espalhados pelo Brasil. Não há como operar em um país diverso nem vender para consumidores diversos sem valorizar diferentes identidades.”  

Além de garantir representatividade, que fortalece o vínculo com os públicos, a diversidade promove uma visão mais ampla e inovadora do negócio dentro da organização — o que é fundamental em tempos de transformações na maneira de consumir e se relacionar com a tecnologia, afirma a diretora.

Em relação a DEI, o Magalu seguirá ativo com os mesmos programas, metas e orçamento em vigor. Está nos planos, inclusive, lançar uma terceira edição do programa de trainee exclusivo para profissionais negros, “que tanto agregou ao negócio nos últimos cinco anos”. 

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No ano passado, também foi lançado o programa Move +, dedicado a desenvolver mulheres, pessoas negras, com deficiência e 50+ para futuras posições de liderança. Dos 48 profissionais que finalizaram a iniciativa — composta por capacitações, mentorias e trilhas específicas de desenvolvimento —, mais da metade obteve mérito ou promoção.

Atualmente, pessoas negras representam 54,8% do quadro de colaboradores do Magazine Luiza. Entre os líderes, 42% são pretos ou pardos. Já as mulheres ocupam 47,6% do quadro e 45,4% dos cargos de liderança.

“A pluralidade é a base do nosso negócio, do marketing aos líderes. Ao longo de 68 anos, o Magalu construiu uma forte cultura de responsabilidade empresarial e continuará trabalhando para que haja representatividade de todos os grupos em todos os níveis hierárquicos e áreas do negócio”, diz Herzog. 

Apesar de enfrentar desafios históricos de desigualdade, o Brasil tem um cenário demográfico diferente do que se vê nos EUA, ela ressalta. Diante disso, as empresas precisam não apenas criar e manter um ambiente inclusivo, mas também se comunicar com a vida real de seus públicos, entre eles o público consumidor. 

A executiva destaca ainda outro fator importante nessa equação: o avanço brasileiro em termos de políticas públicas e legislações que endereçam temas de diversidade e inclusão. 

“Eles estão pautados na agenda pública, na imprensa, no Congresso Nacional, em linha com uma sociedade mais consciente de seus direitos. Nesse sentido, as companhias foram amadurecendo e há bem menos espaço para retrocesso aqui diante do que temos acompanhado lá fora”, compara Ana Luiza Herzog. “Mas é preciso que o compromisso corporativo com metas de DEI tenha lastro na cultura organizacional. Isso significa endereçar práticas que vão além do recrutamento de grupos diversos.” 

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