Networking|16 abr, 2025|

Analigia Martins, do Duolingo: ‘Quanto mais a gente viraliza, mais os usuários voltam para o app’

“Quase paramos um país.” A morte (fake) da corujinha verde virou a conversa do momento em coffee breaks, bares, análises do LinkedIn. Fez centenas de grandes marcas interagirem, gerou mais de 170 milhões de impressões orgânicas só em solo nacional. Nas palavras de Analigia Martins, diretora de marketing do Duolingo no Brasil, foi mesmo como paralisar uma nação. 

Cada um dos mais de 100 mercados onde a plataforma de ensino de idiomas está presente ativou a “morte” da mascote Duo, em fevereiro, do seu jeito. “Nós desenvolvemos uma novelinha, com ícones bem brasileiros dos folhetins da televisão — disputa pela herança, investigação sobre a polêmica causa do óbito. E fomos criando essa história dia a dia, sempre de olho nas reações da audiência”, Martins conta. 

O desfecho escolhido também ganhou tons verde-e-amarelos. Após fingir sua própria morte, a coruja física foi parar no programa de TV de Sonia Abrão e na capa da revista Caras real. Logo na sequência, o McDonald’s Brasil convidou Duo para estrelar sua próxima campanha publicitária. 

“Aceitamos o convite porque a narrativa era muito alinhada ao propósito da plataforma: tornar a educação acessível a todos”, explica a diretora. Para o lançamento do McFish & Chips, Duo — devidamente trajado como um guarda da realeza britânica — ensinava clientes da rede de fast food a pedir corretamente o tradicional prato inglês.  

Lançado em 2012, o Duolingo foi crescendo na base do boca a boca até 2018, quando a matriz — que fica em Pittsburgh, EUA — começou a investir em marketing. Martins calcula ter sido a terceira pessoa do mercado contratada globalmente. E recorda que o app já tinha awareness, mas não havia atributo de marca na cabeça das pessoas. 

“São três os pilares: ela é divertida, eficaz e de graça. Resolvemos reforçar o humor, que está tanto no DNA do Duolingo quanto no dos brasileiros”, diz.

Em todos os países com operação, os times de marketing têm autonomia para fazer regionalização atrelada à cultura local. Por isso, Duo é debochado mundo afora, mas ganhou uma personalidade mais sarcástica e sexy no Brasil. “Aqui ele usa biquíni de fita isolante, calcinha cor-de-rosa, toma sol na laje. O do Japão, para citar outro exemplo, é mais fofinho.”

Fluente no humor nacional, a agência Jotacom é a dona da conta da plataforma e tem equipes dedicadas de conteúdo, interação, criação e produção, que levam a coruja física de 1,95 metros de altura por 1,80 de largura para passear em ativações. A mascote já arrumou até uma sósia inflável, que facilita os rolês pelo país.

Campanhas da vida real ajudam a viralizar, mas Duo também sai para cumprir missões estratégicas, como atrair novas audiências no maior São João do Brasil, em Caruaru (PE), ou no Rodeio de Barretos (SP).

Ele nasceu junto com o negócio, criado pelo guatemalteco Luis von Ahn e o suíço Severin Hacker — ambos falantes de inglês não nativos. O primeiro queria como mascote uma coruja, animal ligado à sabedoria e ao conhecimento. Já o segundo odiava a cor verde, o que fez um bichinho exatamente nesse tom ser alçado ao posto, como provocação.

O Duolingo oferece hoje 100 cursos de cerca de 40 idiomas, com conteúdo 100% gratuito e certas funcionalidades pagas — caso do plano com inteligência artificial que permite conversar em tempo real com a adolescente gótica Lily, outra personagem do universo do app, por videochamada. A empresa reportou o maior número de usuários únicos diários, novos assinantes e receita da história no último trimestre do ano passado.

Desde o primeiro meme postado sobre a coruja insistente, que persegue os alunos com notificações push para eles voltarem a estudar, o time decidiu abraçar a zoeira, lembra Analigia Martins. “Fomos testando muito, sempre seguindo as guidelines da marca.” 

Em política, por exemplo, só entraram uma vez, sem tomar nenhum partido — e com sucesso. Durante a eleição presidencial de 2022, com as toalhas de Lula e Bolsonaro bombando, Duo ganhou a sua própria.  

“Quanto mais usamos os memes, as trends, mais a gente viraliza. E mais os usuários voltam para o app”, diz a executiva, acrescentando que a coruja verde debochada humaniza uma marca digital e transforma aprender um idioma em algo leve e lúdico. “É muito claro como o marketing impacta o negócio: ele consegue fazer a plataforma chegar a cada vez mais brasileiros. Queremos tornar o Duolingo uma marca icônica e acho que estamos conseguindo.”

O UOL conecta cada pessoa ao seu universo e cada marca ao seu target

Networking|16 abr, 2025|

Analigia Martins, do Duolingo: ‘Quanto mais a gente viraliza, mais os usuários voltam para o app’

“Quase paramos um país.” A morte (fake) da corujinha verde virou a conversa do momento em coffee breaks, bares, análises do LinkedIn. Fez centenas de grandes marcas interagirem, gerou mais de 170 milhões de impressões orgânicas só em solo nacional. Nas palavras de Analigia Martins, diretora de marketing do Duolingo no Brasil, foi mesmo como paralisar uma nação. 

Cada um dos mais de 100 mercados onde a plataforma de ensino de idiomas está presente ativou a “morte” da mascote Duo, em fevereiro, do seu jeito. “Nós desenvolvemos uma novelinha, com ícones bem brasileiros dos folhetins da televisão — disputa pela herança, investigação sobre a polêmica causa do óbito. E fomos criando essa história dia a dia, sempre de olho nas reações da audiência”, Martins conta. 

O desfecho escolhido também ganhou tons verde-e-amarelos. Após fingir sua própria morte, a coruja física foi parar no programa de TV de Sonia Abrão e na capa da revista Caras real. Logo na sequência, o McDonald’s Brasil convidou Duo para estrelar sua próxima campanha publicitária. 

“Aceitamos o convite porque a narrativa era muito alinhada ao propósito da plataforma: tornar a educação acessível a todos”, explica a diretora. Para o lançamento do McFish & Chips, Duo — devidamente trajado como um guarda da realeza britânica — ensinava clientes da rede de fast food a pedir corretamente o tradicional prato inglês.  

Lançado em 2012, o Duolingo foi crescendo na base do boca a boca até 2018, quando a matriz — que fica em Pittsburgh, EUA — começou a investir em marketing. Martins calcula ter sido a terceira pessoa do mercado contratada globalmente. E recorda que o app já tinha awareness, mas não havia atributo de marca na cabeça das pessoas. 

“São três os pilares: ela é divertida, eficaz e de graça. Resolvemos reforçar o humor, que está tanto no DNA do Duolingo quanto no dos brasileiros”, diz.

Em todos os países com operação, os times de marketing têm autonomia para fazer regionalização atrelada à cultura local. Por isso, Duo é debochado mundo afora, mas ganhou uma personalidade mais sarcástica e sexy no Brasil. “Aqui ele usa biquíni de fita isolante, calcinha cor-de-rosa, toma sol na laje. O do Japão, para citar outro exemplo, é mais fofinho.”

Fluente no humor nacional, a agência Jotacom é a dona da conta da plataforma e tem equipes dedicadas de conteúdo, interação, criação e produção, que levam a coruja física de 1,95 metros de altura por 1,80 de largura para passear em ativações. A mascote já arrumou até uma sósia inflável, que facilita os rolês pelo país.

Campanhas da vida real ajudam a viralizar, mas Duo também sai para cumprir missões estratégicas, como atrair novas audiências no maior São João do Brasil, em Caruaru (PE), ou no Rodeio de Barretos (SP).

Ele nasceu junto com o negócio, criado pelo guatemalteco Luis von Ahn e o suíço Severin Hacker — ambos falantes de inglês não nativos. O primeiro queria como mascote uma coruja, animal ligado à sabedoria e ao conhecimento. Já o segundo odiava a cor verde, o que fez um bichinho exatamente nesse tom ser alçado ao posto, como provocação.

O Duolingo oferece hoje 100 cursos de cerca de 40 idiomas, com conteúdo 100% gratuito e certas funcionalidades pagas — caso do plano com inteligência artificial que permite conversar em tempo real com a adolescente gótica Lily, outra personagem do universo do app, por videochamada. A empresa reportou o maior número de usuários únicos diários, novos assinantes e receita da história no último trimestre do ano passado.

Desde o primeiro meme postado sobre a coruja insistente, que persegue os alunos com notificações push para eles voltarem a estudar, o time decidiu abraçar a zoeira, lembra Analigia Martins. “Fomos testando muito, sempre seguindo as guidelines da marca.” 

Em política, por exemplo, só entraram uma vez, sem tomar nenhum partido — e com sucesso. Durante a eleição presidencial de 2022, com as toalhas de Lula e Bolsonaro bombando, Duo ganhou a sua própria.  

“Quanto mais usamos os memes, as trends, mais a gente viraliza. E mais os usuários voltam para o app”, diz a executiva, acrescentando que a coruja verde debochada humaniza uma marca digital e transforma aprender um idioma em algo leve e lúdico. “É muito claro como o marketing impacta o negócio: ele consegue fazer a plataforma chegar a cada vez mais brasileiros. Queremos tornar o Duolingo uma marca icônica e acho que estamos conseguindo.”

O UOL conecta cada pessoa ao seu universo e cada marca ao seu target

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Analigia Martins, do Duolingo: ‘Quanto mais a gente viraliza, mais os usuários voltam para o app’

“Quase paramos um país.” A morte (fake) da corujinha verde virou a conversa do momento em coffee breaks, bares, análises do LinkedIn. Fez centenas de grandes marcas interagirem, gerou mais de 170 milhões de impressões orgânicas só em solo nacional. Nas palavras de Analigia Martins, diretora de marketing do Duolingo no Brasil, foi mesmo como paralisar uma nação. 

Cada um dos mais de 100 mercados onde a plataforma de ensino de idiomas está presente ativou a “morte” da mascote Duo, em fevereiro, do seu jeito. “Nós desenvolvemos uma novelinha, com ícones bem brasileiros dos folhetins da televisão — disputa pela herança, investigação sobre a polêmica causa do óbito. E fomos criando essa história dia a dia, sempre de olho nas reações da audiência”, Martins conta. 

O desfecho escolhido também ganhou tons verde-e-amarelos. Após fingir sua própria morte, a coruja física foi parar no programa de TV de Sonia Abrão e na capa da revista Caras real. Logo na sequência, o McDonald’s Brasil convidou Duo para estrelar sua próxima campanha publicitária. 

“Aceitamos o convite porque a narrativa era muito alinhada ao propósito da plataforma: tornar a educação acessível a todos”, explica a diretora. Para o lançamento do McFish & Chips, Duo — devidamente trajado como um guarda da realeza britânica — ensinava clientes da rede de fast food a pedir corretamente o tradicional prato inglês.  

Lançado em 2012, o Duolingo foi crescendo na base do boca a boca até 2018, quando a matriz — que fica em Pittsburgh, EUA — começou a investir em marketing. Martins calcula ter sido a terceira pessoa do mercado contratada globalmente. E recorda que o app já tinha awareness, mas não havia atributo de marca na cabeça das pessoas. 

“São três os pilares: ela é divertida, eficaz e de graça. Resolvemos reforçar o humor, que está tanto no DNA do Duolingo quanto no dos brasileiros”, diz.

Em todos os países com operação, os times de marketing têm autonomia para fazer regionalização atrelada à cultura local. Por isso, Duo é debochado mundo afora, mas ganhou uma personalidade mais sarcástica e sexy no Brasil. “Aqui ele usa biquíni de fita isolante, calcinha cor-de-rosa, toma sol na laje. O do Japão, para citar outro exemplo, é mais fofinho.”

Fluente no humor nacional, a agência Jotacom é a dona da conta da plataforma e tem equipes dedicadas de conteúdo, interação, criação e produção, que levam a coruja física de 1,95 metros de altura por 1,80 de largura para passear em ativações. A mascote já arrumou até uma sósia inflável, que facilita os rolês pelo país.

Campanhas da vida real ajudam a viralizar, mas Duo também sai para cumprir missões estratégicas, como atrair novas audiências no maior São João do Brasil, em Caruaru (PE), ou no Rodeio de Barretos (SP).

Ele nasceu junto com o negócio, criado pelo guatemalteco Luis von Ahn e o suíço Severin Hacker — ambos falantes de inglês não nativos. O primeiro queria como mascote uma coruja, animal ligado à sabedoria e ao conhecimento. Já o segundo odiava a cor verde, o que fez um bichinho exatamente nesse tom ser alçado ao posto, como provocação.

O Duolingo oferece hoje 100 cursos de cerca de 40 idiomas, com conteúdo 100% gratuito e certas funcionalidades pagas — caso do plano com inteligência artificial que permite conversar em tempo real com a adolescente gótica Lily, outra personagem do universo do app, por videochamada. A empresa reportou o maior número de usuários únicos diários, novos assinantes e receita da história no último trimestre do ano passado.

Desde o primeiro meme postado sobre a coruja insistente, que persegue os alunos com notificações push para eles voltarem a estudar, o time decidiu abraçar a zoeira, lembra Analigia Martins. “Fomos testando muito, sempre seguindo as guidelines da marca.” 

Em política, por exemplo, só entraram uma vez, sem tomar nenhum partido — e com sucesso. Durante a eleição presidencial de 2022, com as toalhas de Lula e Bolsonaro bombando, Duo ganhou a sua própria.  

“Quanto mais usamos os memes, as trends, mais a gente viraliza. E mais os usuários voltam para o app”, diz a executiva, acrescentando que a coruja verde debochada humaniza uma marca digital e transforma aprender um idioma em algo leve e lúdico. “É muito claro como o marketing impacta o negócio: ele consegue fazer a plataforma chegar a cada vez mais brasileiros. Queremos tornar o Duolingo uma marca icônica e acho que estamos conseguindo.”

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